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Ministros do STF duvidam da real disposição de Bolsonaro de pacificar relação

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) duvidam da real disposição do presidente Jair Bolsonaro de pacificar a relação com o Judiciário. Em conversas com o blog, membros do STF dizem receber bem os gestos do presidente, mas têm um pé atrás em relação a Bolsonaro, diante de seu histórico. Depois de partir para o confronto contra o Supremo Tribunal Federal e seus integrantes, o presidente Jair Bolsonaro passou a fazer gestos de reaproximação com o tribunal. Ele participou da posse do ministro Alexandre de Moraes, a quem recentemente fez duros ataques, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente orientou também ministros a conversarem com integrantes do STF na busca de melhorar o relacionamento entre o Palácio do Planalto e o Judiciário. Além do encontro entre o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e Alexandre de Moraes, em SP, nesta semana, auxiliares de Bolsonaro tiveram encontros reservados com ministros do Supremo na semana passada. Decano do STF e relator do inquérito que investiga o presidente da República por suposta interferência política na Polícia Federal, Celso de Mello foi um dos principais alvos dos ataques de Bolsonaro. O ministro do STF acabou, em decisões recentes, lembrando que o presidente da República não está acima das leis e tem de respeitar as decisões judiciais. Um recado para Bolsonaro que, recentemente, disse que "ordens absurdas" da Justiça não devem ser cumpridas. Diante do acirramento dos ânimos entre os dois Poderes, assessores do presidente o aconselharam a baixar a temperatura da crise com o Judiciário. Segundo um interlocutor do presidente, ele se convenceu de que era melhor, neste momento, baixar as armas e buscar uma reaproximação com o STF. Dentro do Supremo, há três inquéritos que investigam o presidente ou seus aliados. Além disso, o TSE analisa ações que investigam a campanha presidencial da chapa Jair Bolsonaro/Hamilton Mourão. Um ministro do STF disse ao blog que o melhor caminho para diminuir a tensão é o presidente parar de dar declarações insinuando que pode descumprir decisões judiciais e evitar manifestações que têm como uma das bandeiras o fechamento do Supremo Tribunal Federal. O mesmo ministro disse, porém, não acreditar que o presidente esteja realmente disposto a manter uma política de boa vizinhança com o STF. "Não é do estilo dele, ele prefere o confronto, é como ele acredita que deve atuar politicamente", afirmou o integrante do Supremo.
04/06/2020 (00:00)

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