Quinta-feira
28 de Março de 2024 - 
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Pioneirismo, dedicação e emoção

São 8h30m de uma terça-feira. O juiz Almir Carvalho, da 2ª Vara de Família da Comarca de Itaboraí, chega em frente ao nº 78 da Avenida Castelo Branco, no centro de Tanguá, município da Região Metropolitana do Rio. É ali, que uma vez por semana, desde 2004, das 9h às 15h, fica estacionado o ônibus do Programa Justiça Itinerante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Antes de iniciar o atendimento o magistrado toma o café da manhã enquanto conversa com as pessoas que aguardam na fila, sempre formada nas primeiras horas das manhãs. - Já venho fazendo o atendimento até chegar aqui no ônibus. Atendo as pessoas que me abordam nas ruas. Não raro, quando paro o carro, me perguntam a respeito dos seus problemas. Todo aniversário do Justiça Itinerante nós fazemos uma comemoração com café da manhã para quem está na fila – conta, sem esconder o prazer pelo trabalho. O juiz Almir Carvalho foi pioneiro no atendimento da unidade móvel, implementada em abril de 2004, ali mesmo, em Tanguá. De acordo com o magistrado, a iniciativa facilitou o acesso à Justiça sem mudança na estrutura. O programa surgiu como um novo paradigma de realização da prestação jurisdicional no qual os juízes, juntamente com membros do Ministério Público e Defensoria Pública, vão ao encontro dos cidadãos – especialmente os que possuem maior dificuldade de acesso aos serviços públicos. Na época, a prefeitura anunciou a novidade para a população através de um carro de som. - A reação inicial das pessoas, pela dificuldade que tinham de acesso ao Fórum de Itaboraí, foi de incredulidade e espanto ao saber que teriam atendimento judiciário no município. Elas me perguntavam se eu realmente era juiz por atender dentro de um ônibus. Aqui, as pessoas se sentem mais à vontade do que no gabinete.   "A reação inicial das pessoas, pela dificuldade que tinham de acesso ao Fórum de Itaboraí, foi de incredulidade e espanto ao saber que teriam atendimento judiciário no município. Elas perguntavam se eu realmente era juiz por atender dentro de um ônibus."  Juiz Almir Carvalho (foto)   O prazer de ser útil Natural de Silva Jardim, na Baixada Litorânea, Almir Carvalho iniciou a carreira há 30 anos trabalhando em cartório, na Defensoria Pública, em Itaboraí, para depois realizar o sonho de se tornar juiz. O magistrado começou na Comarca de Araruama, passando por Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Saquarema, na Região dos Lagos, até ser transferido para São Gonçalo. Só chegou em Itaboraí no ano de 1989. Desses 30 anos, os últimos 15 ele passou no Justiça Itinerante, onde permanece, sem nenhuma vontade de sair. - O meu propósito aqui é que a pessoa chegue com o problema e saia com ele resolvido. Eu posso dizer que me realizo ao poder ajudar os outros. Sou da Vara de Família e me realizo ao solucionar conflitos familiares. Estou como mediador e conciliador. Eles pensam: se o juiz não resolver, vai ser difícil conseguir de outra maneira. Eu não me aposento porque eu gosto do que faço, eu adoro ser juiz. Não pelo poder, mas, sim, pelo prazer de ser útil. O magistrado conta que, inicialmente, não imaginava tamanha longevidade para o programa. - Eu nunca imaginei que chegaríamos a esse estágio. Eu agradeço a desembargadora Cristina Tereza Gaulia. Ela foi a mentora do programa e até hoje abraça a causa. Sou fã dela de carteirinha porque é uma entusiasta, além de ter vocação para o lado social que ultrapassa a área jurídica.  
11/11/2019 (00:00)

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